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Lisboa vai investir 13 milhões em obras prioritárias nas escolas

Foto Paula Nunes

Este estudo do LNEC será apresentado na próxima semana e incidiu sobre o estado de conservação de 55 das 93 escolas do 1º ciclo e jardins de infância geridos pela Câmara de Lisboa. As restantes encontravam-se já em obras ou tinham um projeto de obra.

“Pela primeira vez sabe-se o estado real das escolas de Lisboa. Pela primeira vez, as escolhas sobre reabilitação serão feitas com base numa análise técnica, objetiva e isenta”, afirmou o vereador bloquista Manuel Grilo, que dirige o pelouro da Educação na capital.

Com este diagnóstico na mão, a Câmara preparou um plano de investimento de 13 milhões de euros a aplicar “onde são mais precisos” em obras que resolvam “patologias imediatas, que não necessitem de intervenções profundas”, adiantou à agência Lusa o gabinete do vereador do Bloco.

Uma das causas para a situação ter chegado a este ponto foi a falta de manutenção dos equipamentos escolares, pelo que a Câmara está a preparar “planos rigorosos de manutenção para serem cumpridos pelas entidades competentes”.

A única avaliação de estado “péssimo” foi dada à escola Básica Vale de Alcântara, que foi encerrada em março, quando a CML recebeu o relatório preliminar do LNEC, o mesmo acontecendo à Escola Básica São Sebastião da Pedreira, classificada com um “mau”. Noutras treze escolas classificadas com “mau”, a Câmara avançou com obras em abril e maio.

O coordenador deste trabalho do LNEC disse ao Público que o estado das escolas analisadas até ficou acima do esperado. “A expetativa com que entrámos no estudo foi ‘as escolas estão em muito mau estado’, mas verificámos que mais de 50% estão em bom ou médio estado”, afirmou o engenheiro António Vilhena.

Entre os estabelecimentos de ensino classificados com “mau” estão as escolas Homero Serpa, Manuel Teixeira Gomes, Manuel Sérgio, Rosa Lobato de Faria, Parque Silva Porto, Alexandre Herculano, João dos Santos, Luz/Carnide, Maria da Luz de Deus Ramos, Quinta dos Frades, Galinheiras, Condado, Alto da Faia, nº 72 e Paulino Montez, além do jardim de infância António José de Almeida.

O vereador da Educação prepara-se agora para assumir a gestão de mais 32 escolas dos 2º e 3º ciclo e do secundário, no âmbito da descentralização de competências do Estado para as autarquias, apesar do Bloco ter votado contra e proposto a rejeição da transferência. O Ministério da Educação diz que assumirá as obras de reabilitação em 26 destas escolas, mas Manuel Grilo anunciou que irá alargar a parceria com o LNEC para inspecionar o estado de todas estas escolas.

Artigo originalmente publicado em Esquerda.net a 28 de Junho, 2019 - 11:42h