Uma das bandeiras da campanha bloquista para a Câmara de Lisboa foi aprovada esta quinta-feira no executivo municipal, com as abstenções dos vereadores do PCP e do CDS. A gratuitidade dos manuais escolares vai abranger de imediato os 22 mil alunos das escolas públicas do concelho que frequentam o 2º e o 3º ciclo de escolaridade.
Nos primeiros dias de janeiro, as escolas irão distribuir os formulários e as instruções aos encarregados de educação, que ali devem assinalar as suas despesas com manuais escolares no atual ano letivo e devolver o formulário à escola até 28 de fevereiro. Segue-se o reembolso das despesas, que também será feito pelas escolas.
“Em muitos casos é uma despesa que pesa muito no orçamento familiar. São custos de 170, 180, chega aos 240 euros por cada filho. Esta é uma boa notícia”, afirmou Ricardo Robles em entrevista à RTP.
No próximo ano letivo, a medida é alargada aos alunos do ensino secundário, abrangendo ao todo cerca de 50 mil alunos. E com uma novidade: “os manuais serão entregues diretamente aos alunos pelas escolas”, afirma o vereador bloquista da Educação e Direitos Sociais, acrescentando que no próximo ano letivo a Câmara irá passar a financiar também os livros de fichas escolares do 2º e 3º ciclos.
Tarifa social da água terá aplicação automática em Lisboa
Outra proposta do Bloco recebeu esta quarta-feira luz verde do executivo da Câmara Municipal de Lisboa: a aplicação automática da tarifa social da água, tal como já acontece na eletricidade a nível nacional devido ao acordo assinado em 2015 entre o Bloco e o PS.
“A tarifa social da água vai ser aplicada em Lisboa e podemos chegar a 30 mil famílias. São medidas que contam na vida das pessoas”, congratulou-se Ricardo Robles. A medida abrange os munícipes com baixos rendimentos e pode resultar em poupanças de mais de 120 euros anuais por família.
Artigo originalmente publicado em Esquerda.net a 20 de Dezembro, 2017 - 22:08h