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Salas de consumo assistido avançam em Lisboa

Foto da primeira sala de consumo assistido a abrir em Paris.
Imagem de Espace Gaïa.

Lisboa terá três zonas com salas de consumo assistido de drogas. Para além de permitirem aos utilizadores de drogas um consumo em segurança e com privacidade, estes espaços irão também prestar cuidados de higiene, alimentação, apoio psicológico e alguns serviços de enfermagem, como rastreios a algumas infeções transmissíveis.

Numa sessão de perguntas à Câmara Municipal de Lisboa, o vereador dos Direitos Sociais, Ricardo Robles, afirmou que “o modelo permite o consumo, mas é muito mais do que isso, tem uma resposta social. Permite uma resposta de apoio alimentar básico, serviços de higiene, apoio social, apoio psicológico, cuidados de enfermagem, sobretudo rastreios de infeções transmissíveis”.

As zonas da cidade escolhidas para acolher estas salas de consumo serão a Alta de Lisboa (no Lumiar), o Vale de Alcântara (onde existia o antigo Casal Ventoso) e a zona Ocidental de Lisboa. As duas primeiras zonas terão postos fixos e a última será servida por uma unidade móvel. Estas zonas foram selecionadas graças ao trabalho de diagnóstico das associações GAT - Grupo de Ativistas em Tratamentos, Médicos do Mundo - Lisboa, Ares do Pinhal e Crescer na Maior, quatro entidades que trabalham com pessoas que usam drogas e que têm estado a avaliar as necessidades destas populações. "Não vamos inventar novos locais, não vamos levar consumo para onde ele não existe, temos de dar as respostas onde temos este problema", defendeu o vereador bloquista. 

Apontando que o município tem "estado em contacto com as entidades que estão a trabalhar este tema", Ricardo Robles salientou que esta "é uma discussão que está no terreno" e que a câmara quer "que seja uma resposta participada por todos e por todas".

Artigo originalmente publicado em Esquerda.net a 23 de Fevereiro, 2018 - 18:04h