À saída de uma reunião com a administração da EPAL, a empresa de distribuição de água na zona de Lisboa, Catarina Martins defendeu a aplicação de forma automática da tarifa social já existente para baixar a conta de água às famílias com baixos rendimentos. E sublinhou que “não será compreensível que não seja possível em Portugal fazer este passo de concretização de acesso a este direito”.
Para a coordenadora bloquista, que esteve na sede da EPAL acompanhada do vereador Manuel Grilo e da deputada Isabel Pires, a EPAL tem de dar o exemplo e aplicar rapidamente a automatização da tarifa, que deixa assim de estar dependente de requerimentos por parte dos consumidores. “Para nós é importante que avance em Lisboa, como é importante que avance em todo o país”, acrescentou, lembrando que a medida integra o acordo subscrito pelo Bloco e o PS na Câmara de Lisboa.
O cruzamento de dados que permite aplicar a tarifa social de forma automática fez crescer o número de famílias abrangidas no caso da eletricidade, passando de umas dezenas de milhares para 760 mil. É este o número que o Bloco acredita que poderá também ser abrangido pelo desconto na fatura da água, se forem aplicados os mesmos critérios.
“A água é um bem essencial, o acesso à água é um direito humano, não é coisa pouca”, afirmou Catarina Martins, lamentando que ainda existam “muitos municípios que estão a resistir à instauração da tarifa social automática da água”.
Artigo originalmente publicado em Esquerda.net, 8 de Janeiro, 2019 - 19:17h