As políticas de desinvestimento no serviço público de transportes têm tido como resultado menos transportes e mais caros, menor cobertura e acessibilidade à rede, mais transbordos, pior articulação entre horários e modos de transporte, maiores tempos de espera e aumento dos tempos de viagem, a par com autocarros, elétricos e comboios sobrelotados. Tudo isto leva a uma menor atratividade dos transportes públicosa e à degradação da qualidade de vida dos seus utilizadores.
As deslocações na região de Lisboa estão cada vez mais caras. Os passes do Metro de Lisboa ou as tarifas da CP/Lx tiveram subidas na ordem dos 45%-50% do custo do transporte no espaço de um ano. A redução do desconto nos passes para jovens (4_18 e sub-23) e para idosos desceu para metade e foi limitada. Para além do aumento dos tarifários, perto de 50% das atuais carreiras da Carris sofreram cortes substanciais na sua frequência, nos horários de funcionamento, nos percursos e na qualidade do serviço de transporte oferecido. Os serviços noturnos ou de fim-de-semana foram reduzidos de tal modo que não servem praticamente ninguém.
O Bloco de Esquerda tem estado presente em iniciativas de utentes contra o encerramento de carreiras e tem promovido diversas acções de protesto contra a degradação do serviço público de transportes, nomeadamente na Linha Verde do Metro, no interface de transportes do Cais do Sodré e noutras áreas da cidade.
No âmbito da defesa dos transportes públicos será lançada uma nova campanha que consiste na recolha de críticas e sugestões dos utentes em postais endereçados ao Ministro Álvaro Santos Pereira e que no final da campanha serão entregues no Ministério da Economia. O lançamento desta Campanha conta com a presença do deputado e coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã na próxima segunda feira, dia 17 de setembro, às 8h15, junto à estação de metro da Baixa-Chiado.