A política de Transportes Públicos deste governo tem esta originalidade: a sua razão de ser é apenas o lucro. E a médio prazo a privatização.
No caso do Metropolitano as medidas estão à vista de todos: aumento brutal das tarifas (os passes sociais aumentaram, em média mais de 20% num só ano), reduções na quantidade e qualidade dos serviços (menos carruagens, aumento do tempo de espera entre composições, postos de atendimento sem funcionários, escadas rolantes inativas em muitas estações, maior insegurança); cortes nos direitos dos trabalhadores.
A débil situação económica da empresa radica no elevado peso da dívida histórica (com juros avultadíssimos à banca) e no facto do montante relativo às compensações de serviço público ser diminuto, quando comparado com o que é assegurado pelo Estado a operadores privados.
O metropolitano deve assegurar uma mobilidade eficiente, segura e confortável na cidade de Lisboa. As suas vantagens competitivas são o preço, a elevada mobilidade, a economia (ex. de combustível) e o impacto ambiental e no trânsito urbano.
A política prosseguida pelo governo (aumento dos preços e corte nos serviços), pelo contrário, diminuirá a sua acessibilidade, reduzirá a produtividade da empresa, induzirá o uso do automóvel particular, o que irá significar ainda mais custos económicos, ambientais e energéticos. Menor qualidade e menor acessibilidade, logo menor mobilidade para os cidadãos.
Não podemos viver sem transportes públicos.
NÃO (TE) DEIXES APERTAR. PROTESTA!