Isabel Cristina Rua Pires nasceu a 21 de junho de 1990, está recenseada na freguesia do Beato, em Lisboa. Estudou Ciência Política e relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde fez a pós-graduação em Ciência Política. Durante estes anos, participou em vários movimentos estudantis, bem como em eleições para a Associação de Estudantes da Faculdade. Enquanto estudante, promoveu e participou em várias greves gerais e manifestações nacionais, estudantis, mas não só.
Ainda enquanto terminava os estudos, trabalhou alguns anos em vários call centers, tendo sido eleita para a Assembleia da República (AR) em outubro de 2015. Isabel Pires é coordenadora do grupo parlamentar do Bloco na Comissão de Assuntos Europeus. Além desta comissão, a bloquista integra mais duas: Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, como suplente, e Trabalho e Segurança Social.
Dirigente nacional, distrital e concelhia do Bloco de Esquerda, participou na campanha autárquica de Lisboa em 2013, tendo assumido o mandato de deputada municipal na Assembleia Municipal (AML) no mesmo ano. A nível das áreas de intervenção, focou o seu trabalho no combate à precariedade.
“Habitação, precariedade na CM de Lisboa e transportes e mobilidade”
Em declarações (link is external) ao jornal Público, Isabel Pires afirmou que o seu projeto político para a AML assenta em três pilares: habitação, precariedade na Câmara Municipal de Lisboa e transportes e mobilidade. A candidata tem priorizado ainda a “pressão que o turismo está a ter na cidade”.
O turismo “é, sem dúvida, uma das atividades económicas mais importantes atualmente para o nosso país e também para a cidade de Lisboa, mas é preciso saber encontrar os equilíbrios necessários para que os lisboetas e aqueles que cá estudam e vivem tenham as condições necessárias para poder usufruir em termos de lazer e culturalmente a cidade sem que exista uma tensão como a que atualmente se começa a perceber”, defendeu a candidata, adiantando que as propostas que o Bloco apresenta “vão no sentido de haver um equilíbro entre quem cá está e quem nos visita”.
“Independentemente do tema que nos leva a ir a determinado sítio, invariavelmente, a questão do turismo é sempre referida e nota-se que existe alguma apreensão sobre como é que será o futuro da própria cidade, do seu ordenamento, dos preços que se praticam. Temos ouvido muitas queixas e também propostas para resolução deste problema”, acrescentou Isabel Pires, salientando que a “pressão” se faz sentir “essencialmente em relação à habitação e aos transportes”.
A candidata considera que “a cidade pode e deve ser construída numa perspetiva de partilha por todas e por todos, independentemente de onde vêm e quem são”: “É preciso encontrar respostas para que todos consigam partilhá-la, sendo trabalhador cá, sendo estudante, sendo morador, sendo turista, tem que haver esse equilíbrio”, frisou.
“Lisboa cidade partilhada” é o lema da campanha do Bloco em Lisboa, cujo cabeça de lista à Câmara é Ricardo Robles.
Artigo originalmente publicado em Esquerda.net a 24 de Junho, 2017 - 11:26h