Olá camarada,
Depois da nossa IX Convenção Nacional , voltamos agora ao trabalho concelhio com energia reforçada.
Na cidade de Lisboa estes últimos meses do ano foram importantes em dois debates fundamentais. Um deles foi em Outubro sobre “o estado da cidade”. Na preparação desse debate lançámos uma pergunta pública nas redes sociais, que nos ajudou a preparar uma intervenção desenvolvida pelo deputado municipal Ricardo Robles sobre a forma como a política urbana e de habitação do executivo camarário mostra uma submissão à pressão do capital na organização da cidade. E uma outra do deputado José Casimiro sobre a transferência de trabalhadores e trabalhadoras da Câmara para as Juntas de Freguesia.
Esta semana discutiu-se e votou-se o orçamento e as grandes opções do plano para o próximo ano na cidade de Lisboa. Nesse debate insistimos no que consideramos serem as nossas principais divergências com o executivo camarário: a política de habitação e de reabilitação submissa aos interesses do mercado; o risco, cada vez mais real, de privatização dos transportes públicos; e a proliferação de situações de emergência social na cidade à qual o executivo não dá resposta.
No plano interno continuamos os esforços de comunicação da concelhia com quem vive e trabalha em Lisboa e com os aderentes. Para nos ajudares nessa tarefa pedimos-te que ajudes a dinamizar o Facebook da Concelhia sugerindo publicações, escrevendo textos e convidando outras pessoas a gostar da página.
No site da Concelhia poderás continuar a encontrar todas as atas das reuniões do órgão, onde sintetizaremos as principais discussões e conclusões de cada reunião. Os seis grupos de trabalho que criámos continuam abertos à participação de todos e todas as aderentes. Se tiveres disponibilidade, avisa-nos sobre que grupo gostavas de integrar: (a) grupo de comunicação, (b) o grupo de agitação e propaganda (c) o grupo de apoio aos autarcas; (d) o grupo de habitação; (e) o grupo de transportes; (f) e o grupo de emergência social.
Além disso, estamos a promover reuniões de aderentes das quatro zonas geográficas de intervenção:central, bairros históricos e avenidas novas; oriental; ocidental; norte. Estas zonas geográficas refletem, não apenas a identidade mas também, continuidade territorial das freguesias. Haverão elementos da concelhia e deputados/as municipais que estarão responsáveis por acompanhar cada zona. Desta forma queremos contribuir para reforçar o enraizamento local do Bloco, promovendo também a articulação política entre militantes e autarcas de freguesias limítrofes, e a sua ligação à concelhia e ao grupo municipal.
Por fim, destacamos ainda um conjunto de textos de opinião sobre Lisboa e as prioridades políticas para a cidade.
O autarca Ricardo Robles reflete com detalhe sobre como o plano de pormenor do eixo urbano Luz-Benfica e o plano de urbanização de Alcântara mostram bem como António Costa zelou na cidade de Lisboa pelos interesses do Grupo Mello e do Grupo Espirito Santo. A dirigente concelhiaIsabel Pires sugere aqui uma pertinente discussão sobre a habitação e a especulação na cidade de Lisboa. Rui Maia publicou aqui uma reflexão sobre o tipo de turismo que António Costa privilegia na cidade e as receitas da taxa municipal turística ontem aprovada na AML. O Grupo de Direitos dos Animais do Bloco em Lisboa sugere um texto sobre se “há mesmo uma incompatibilidade entre gatos e hortas”. Por fim, deixamos-te um importante artigo da camarada Rita Silva, sobre um dos problemas a que vai ser central dar resposta nos próximos tempos: a renda apoiada.
Desejamos-te ótimas entrada no novo ano e muita energia para todos os combates que nos esperam neste próximo ano.
Boas lutas camarada. Até já,
A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Lisboa