Os aderentes do Bloco de Esquerda realizaram diversas ações de sensibilização e informação junto da população contra a privatização da CP - Comboio de Portugal, anunciada pelo Governo. Durante as ações efetuadas em Cascais, Oeiras e Lisboa, a deputada Ana Drago e diversos militantes estiveram junto dos cidadãos para impedir a destruição de uma empresa pública fundamental para a vida de dezenas de milhares de pessoas.
O Governo pretende vender a CP e já definiu que a primeira experiência será feita com a entrega a privados da Linha de Cascais, até ao final do ano. O Bloco de Esquerda está contra a privatização. A CP deve continuar a ser pública. O serviço público prestado é vital para a vida de centenas de milhares de cidadãos e a sua subordinação a uma lógica puramente empresarial levará ao aumento dos preços, ao corte dos serviços prestados e ao despedimento de trabalhadores.
Em Portugal já existem experiências de privatização dos transportes públicos, na Fertagus e no Metro do Sul do Tejo. Em ambos os casos o investimento foi totalmente feito pelo Estado, mas a operação foi entregue a empresas privadas. No caso da Fertagus, os bilhetes são 30% mais caros do que na CP e todos os anos a empresa está autorizada a aumentar os preços acima da inflação e do limite definido pelo Governo para as empresas públicas. Já com Metro do Sul do Tejo o Estado gasta quatro vezes mais por passageiro do que no Metro de Lisboa.
A venda da CP e da Linha de Cascais terá como resultado o aumento do preços dos bilhetes, a degradação dos serviços e o fim dos investimentos necessários para o aumento da segurança. Vamos pagar mais por um serviço pior.
A diminuição das frequências de transporte e o aumento dos preços afastou 25% dos passageiros em apenas dois anos. Os transportes públicos são essenciais para a vida dos cidadãos e para o ambiente. Porque o caminho deve ser invertido, o Bloco de Esquerda propõe:
- Reforço dos horários para captar mais passageiros e diminuir a utilização do carro
- Diminuição dos preços, que subiram 3 vezes mais do que a inflação, nos últimos 10 anos
- Aumento dos incentivos para jovens, estudantes e pensionistas
- Manutenção das empresas no Estado
- Investimento para aumentar a segurança