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Bloco questiona governo sobre encerramento de serviços da Segurança Social

Foto de Paulete Matos

Num conjunto de questões enviadas ao Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, o Bloco acusa o governo de prosseguir um “caminho de garrote aos serviços da Segurança Social”, promovendo o encerramento de serviços e não substituindo os trabalhadores que se reformam.

"Desde junho que diversos serviços de atendimento ao público da Segurança Social têm vindo a ser encerrados. Só em Lisboa soubemos do encerramento dos serviços na Alameda, na Av. EUA e em Pedralvas”, adianta a deputada Mariana Aiveca no documento.

Também o atendimento realizado em alguns serviços é bastante condicionado. No serviço da Segurança Social do Areeiro, o atendimento “é agora feito apenas após marcação prévia por telefone, com o custo da chamada a ser integralmente suportado pelos cidadãos e cidadãs que, como é sabido, têm muitas vezes enormes dificuldades financeiras”. Por outro lado, “a lista de marcações é tão extensa que os serviços estão já a marcar o atendimento para a segunda quinzena de agosto”, adverte a dirigente bloquista.

“Nas Lojas do Cidadão”, avança ainda, “diariamente observam-se filas de utentes desde as 5 horas da manhã, visto que só a ida a essa hora lhes garante uma senha para atendimento”.

Esta situação tem enormes consequências para os cidadãos. “As pessoas que têm de fazer prova escolar para a atribuição do abono de família e que não dispõem de internet são obrigadas a ir ao atendimento geral para depois receberem uma convocatória pelo correio, perdendo, neste processo, dois dias de trabalho”, exemplifica a deputada.

Para Mariana Aiveca, “todos estes exemplos dão conta de uma deterioração grave da qualidade do serviço da Segurança Social causada não só pelo encerramento dos serviços, mas também pela saída dos trabalhadores da Segurança Social para a reforma e que não são substituídos devido ao impedimento da contratação para os serviços públicos”.

“Num momento de crise social tão grande como o que estamos a viver a incapacidade de resposta dos serviços pode significar a degradação da vida de milhares de famílias, pelo que não se pode aceitar que continue este caminho de garrote aos serviços da Segurança Social”, defende.

O Bloco pretende saber se o ministério irá realizar alguma ação para evitar este deteriorar das condições de atendimento.

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