Catarina Martins e Ricardo Robles visitaram esta terça-feira o Bairro da Boavista, em Lisboa, e foram recebidos pela Associação de Moradores do Bairro que mostrou os problemas estruturais da escola bem como o terreno do futuro parque de rugby lançado por Fernando Medina.
Para o novo parque privado, o executivo camarário do PS permitiu o corte de todas as árvores no terreno, algo que sempre recusou aos moradores do Bairro da Boavista.
Gilda Caldeira, Presidente da Associação, criticou a duplicidade de critérios do executivo camarário que sempre recusou as intenções dos cidadãos do bairro em transformar o terreno numa escola para as crianças. Acresce que "ainda há dois anos fomos plantar árvores no terreno, com apoio da câmara", que agora foram arrancadas.
"A nossa revolta é esta: se os moradores nunca tiverem direito a mexer numa árvore para nosso benefício para quê ter estes senhores que nunca deram nada ao bairro", exclamou.
Para Ricardo Robles, esta situação é um "crime ambiental apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa. Aquela zona da cidade está classificada no PDM como espaço verde da estrutura ecológica municipal. Portanto as funções de equilíbrio ecológico estão postas em causa com este enorme abate de árvores".
Para Catarina Martins, "estamos a falar de um extenso abate de árvores em pleno Monsanto, ao lado de um bairro que precisa de escolas, a quem não é permitido construir nada precisamente porque é um parque protegido. E é por isso incompreensível que se possa agora fazer um projeto destes que ignora o Bairro da Boavista".
Artigo originalmente publicado em Esquerda.net a 11 de Abril, 2017 - 20:45h