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“Transporte coletivo é o que faz melhor à carteira das famílias”

Distribuição de informação sobre os passes sociais junto à estação do Cais do Sodré.
Foto de Paula Nunes

Numa ação realizada pelo Bloco de Esquerda na estação lisboeta do Cais do Sodré, onde chegam utentes vindos de barco, comboio, metro, autocarro e elétrico, Catarina Martins distribuiu materiais de informação sobre as mudanças tarifárias na região, que permite aos utentes deslocarem-se a partir desta segunda-feira em toda a área metropolitana por um preço máximo de 40 euros mensais.

“A nossa ideia é que haja em todo o país esta possibilidade de um passe  mais barato para que todas as pessoas usem o transporte coletivo”, afirmou a coordenadora do Bloco aos jornalistas. Catarina defendeu que esta medida “é essencial para o rendimento das famílias e porque promove o uso do transporte coletivo, que é muito importante do ponto de vista ambiental e de organização das cidades”.

Os novos preços dos passes sociais determinam um valor máximo mensal de 30 euros nas viagens dentro do concelho de Lisboa e 40 euros na Área Metropolitana de Lisboa. Em julho estará disponível o passe família, com valor máximo de 60 euros no concelho e 80 euros na Área Metropolitana para todos os membros do agregado familiar.

Nesta ação de contacto com a população foi também dada informação sobre o que vai acontecer ao preço dos outros passes – o sub 23, o passe social +, o passe para mais de 65 anos – “para as pessoas verem que os preços também foram reduzidos”, acrescentou Catarina, que esteve acompanhada pelo vereador bloquista Manuel Grilo, os deputados Pedro Filipe Soares e Isabel Pires e o candidato às europeias José Gusmão.

“Precisamos de mais gente nos transportes coletivos, de preços de passes mais baixos para que o salário e a pensão chegue mais ao fim do mês. E precisamos de transportes com mais qualidade”, prosseguiu Catarina.

“O transporte coletivo é o que faz melhor a carteira de cada família”, resumiu a coordenadora bloquista, saudando a notícia de que o programa de redução tarifária está a aumentar o seu orçamento “porque há mais exigência cidadã”.

“Quanto mais gente quiser usar o transporte coletivo e este passe único, maior será o investimento. É a democracia a funcionar”

“O Bloco sempre defendeu a necessidade de envolvimento das autarquias e das Áreas Metropolitanas, e há também Comunidades Intermunicipais (CIM) no resto do país a aderir ao programa”, referiu Catarina, sublinhando que recentemente foi aprovado no parlamento por proposta do Bloco a possibilidade de articulação entre Áreas Metropolitanas e CIM “para que viagens pendulares que as pessoas fazem também possam ter este desconto”.

“Quanto mais gente quiser usar o transporte coletivo e este passe único, maior será o investimento. É a democracia a funcionar”, concluiu Catarina Martins.

Lembrando que o Bloco tem proposto investimento em transportes ao longo da legislatura enquanto o PSD e o CDS queriam privatizar a Carris e o Metro, Catarina diz que é preciso mais investimento, “nomeadamente na ferrovia, que é uma das áreas mais frágil, e também dos barcos. Aumentar esse investimento é essencial”. E lembrou que o acordo entre Bloco e PS para a Câmara de Lisboa, que previa a contratação de mais motoristas e a aquisição de novos autocarros e elétricos, está a ser concretizado.

Artigo originalmente publicado em Esquerda.net, 1 de Abril, 2019 - 11:46h