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Comunicado: Expansão da rede de metropolitano em Lisboa

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O governo anunciou o lançamento do concurso para a construção do prolongamento da linha de metropolitano entre o Rato e o Cais do Sodré. Esta ampliação da rede, com a criação das estações da Estrela e Santos, terá um custo estimado de 210 milhões de euros e estará concluída em 2023.

 

Esta opção constava já do plano de expansão do metropolitano em 2009 e foi agora concretizada com uma decisão do governo, apoiada pelo PS em Lisboa. O Bloco de Esquerda sempre criticou esta estratégia de ampliação da rede, considerou que a criação de uma linha circular não era uma prioridade para a cidade e que outras zonas mais carenciadas de cobertura de transporte público deveriam ser consideradas prioritárias. Por essa razão, estabelecemos que a zona ocidental de Lisboa fosse abrangida pela expansão da rede de metropolitano, através do prolongamento da linha vermelha.

 

Em coerência com esta posição, incluímos no acordo de convergência na Câmara Municipal de Lisboa, assinado entre o Bloco e o PS, um reforço do investimento em transportes públicos na zona ocidental da cidade. Este acordo, para além de incluir a expansão da linha vermelha do metro a par da linha circular, previa medidas imediatas que já estão implementadas, tais como: o aumento da frequência de autocarros; a extensão de horários e de trajetos com reforço da oferta em horas de ponta, no serviço noturno, fins de semana e feriados, para carreiras centrais na ligação da zona ocidental ao centro de Lisboa. Exemplos deste reforço da CARRIS são o autocarro 760, que agora estende o seu percurso até a Ajuda em horário noturno, o 723, que também viu o seu horário noturno ser estendido, por forma a servir os alunos que estudam de noite no polo universitário da Ajuda ou ainda o 18E, o elétrico emblemático que voltou a circular aos sábados. As várias medidas realizadas resultaram já num aumento de 200 mil passageiros na zona ocidental de Lisboa.

 

Apesar do que já foi implementado em favor do incremento importante de mobilidade naquela zona da cidade, o plano só poderá estar verdadeiramente concluído com a extensão do metro à zona ocidental. O acordo entre o Bloco e o PS é claro sobre qual deve ser a posição da CML: “defender junto do governo a extensão do metro à zona ocidental”. É essa a estratégia que continuamos a defender e defenderemos para os futuros investimentos na rede de metropolitano (ver o ponto G2 do acordo entre o Partido Socialista e o Bloco na cidade de Lisboa aqui: https://www.esquerda.net/sites/default/files/acordocmlisboa2017.pdf)

 

Comissão Coordenadora Concelhia de Lisboa, 18 de janeiro de 2019