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Lisboa solidária: respeitar os idosos e combater a pobreza

Um terço da população de Lisboa tem mais de 60 anos e 3 em cada 4 seniores têm mais de 75 anos. Em Lisboa, 1 em cada 5 pessoas é pobre, tendo empobrecido ainda mais nos anos da austeridade PSD/CDS, mas a Câmara Municipal, de maioria absoluta do PS, apoia hoje menos pessoas do que há cinco anos atrás.

Para uma política social de proximidade, o Bloco propõe:

 

I) Acabar com a solidão e o isolamento

38% da população da cidade tem dificuldade em ver, mexer-se, vestir-se sozinho, tomar banho ou confecionar uma refeição. É preciso um serviço municipal de apoio domiciliário, que se expanda por todo o concelho, em parceria com as unidades e centros de saúde, juntas freguesia e outras entidades coletivas de utilidade pública para ajudar com a alimentação, cuidados de saúde e higiene de quem precisa.

 

II) Proteger do frio e ajudar nos pequenos arranjos

Muitas famílias, especialmente os mais idosos em casas antigas, não conseguem manter as casas quentes por falta de recursos. É preciso um plano de eficiência energética para reduzir a fatura da eletricidade e garantir o conforto. A Câmara, em conjunto com as juntas de freguesia, deve criar equipas para fazer pequenos arranjos em casa, na canalização, na eletricidade, nas telecomunicações, onde pequenas coisas podem aumentar muito a qualidade de vida.

 

III) Programa de emergência social

Não se sabe com rigor quantas pessoas estão em situação de pobreza em Lisboa e onde estão. O município deve assumir a responsabilidade de conhecer a realidade da pobreza e criar um Programa de Emergência Social em conjunto com o Observatório de luta contra a Pobreza na cidade de Lisboa.

Muitas pessoas carenciadas são barradas dos apoios à pobreza pela burocracia e porque não sabem onde se dirigir. O município, em conjunto com a Segurança Social, deve ter uma rede assistentes sociais que ajudam as famílias e indivíduos mais carenciados a conseguir apoio.

 

IV) Integração das pessoas sem-abrigo

A Câmara Municipal de Lisboa não se pode demitir das suas responsabilidades para com as pessoas sem-abrigo e externalizar toda a ação para o terceiro setor. O aprofundamento da crise enviou muitas pessoas para as ruas de Lisboa. É necessário um plano sério de integração destes cidadãos, garantindo que existem locais onde podem dormir, comer e progredir na sua integração social e profissional.

«Esta sugestăo pode ser um pouco descabida, sendo que nem faço ideia dos custos ou do enquadramento jurídico que uma coisa destas tem, mas julgo ser fundamental aos idosos de Lisboa a construçăo de lares ou centros de dia que os possam acolher quando, tantas vezes, os familiares năo o podem ou năo querem fazer. Estes projectos poderiam ser feitos em parceria com a administraçăo central ou com a Misericórdia de Lisboa.»

CL, Alvalade

 

Sobre pessoas sem-abrigo: é necessário que essas pessoas sejam parte ativa no processo relativo à sua integração, para evitar soluções verticalizadas com os resultados de sempre. Para além de "locais onde dormir", é mesmo preciso casas: o objetivo tem de ser que toda a gente tenha habitação digna e não apenas um sítio onde dormir.

SC, Olivais